Doçura

Doçura

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Longe


As vezes me calo e se assim o faço é pra criar espaços
Pra deixar distante, pra inserir o vaco
Se num momento to perto, no outro tão distante me desfaço
Me desfaço de mim mesma, me desfaço como quem se alegra
Se alegra com o que há por vir, se alegra por aquilo que não foi
Que se rende na descoberta, que se desprende do que espera
Que não espera, que se cala.
Hoje não quero dizer apenas pra ouvi minha própria voz
Hoje não há parênteses entre nós, simplesmente não há nós.
Hoje tem eu mesma e um monte de você
Hoje tem você e um monte de mim mesma.
Fico sentada na janela, como quem espera a vida passar,
Ouço o vento e vejo a lua
Ouço silencio e fico muda
Observo e escuto e aprendo e sussurro e decoro o letra da musica
Why not?
Porque não fazer diferente, mais quente, mais firme, mais doce, mais seguro
Porque não atravessar a avenida pra um lugar mais seguro
Why not?
Porque não amar descabidamente, beijar displicentemente aquele belo rapaz
Porque não ficar sozinha, o que há de mal e ser a melhor companhia pra você mesmo por um tempo
Why not?
Porque não pisar diferente, rebolar docemente, requebrar na minha frente?

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