Doçura

Doçura

domingo, 23 de maio de 2010

Se tenho asas...




E eu, que tento me mesurar
Que tento a todo tempo me conter.
Que tola, meu espírito pede pra ser livre.
E eu, que quando me encontro com Deus abro os braços, como se com uma ordem Sua eu pudesse voar.
Minha existência é exagerada, tudo em mim é em excesso.
Minhas palavras então, tão cheias, tão densas, com tantos sentidos, com muitas virgulas, sem nunca um ponto.
Eu sou livre!
Queria ser livre de mim mesma, quando tento me definir, me quantificar, me qualificar, fico tonta, fico muda, fico confusa.
"Tudo em mim quer se revelar"
Tudo em mim quer expandir.
Que ânsia sem sentido, querer saber o que vem por aí.
Que venha , só venha.
Quero estar pronta, inteira, mas como se ainda me descubro em cada esquina, em cada vitrine, em cada sonho.
Quando as perguntas acabarem, quando tiver todas respostas ,t erá chegada a hora de dar adeus a essa vida que tão insistentemente tento decifrar.
Se tenho asas...

domingo, 2 de maio de 2010

Pronto, ta feito!


Eu paro de frente a mim e não vejo outra forma de errar menos.
Não entendo uma maneira menos dolorosa pra entender, que te querer perto agora te faz ir pra longe, mas é a maneira que encontro de errar menos.
Eu poderia te amar, se pudesse arriscar sua companhia. Que hora é minha e hora tá fora de mim. Sem saber se te tenho, te perco.
Sem saber se sou sua, me afasto.
Não me dou o direito de descobrir o que se passa em mim porque, se o que eu descobrir e for amor, o que faço com ele sem você?

Se eu descubro que sei viver sua perda e me refazer, descubro que posso viver sozinha e o que eu faço com a solidão dos dias?

To vivendo um momento tão atónito pela total falta de sentido, tão sem sentimento... as coisas que faço são tão automáticas, tão planejadas que se mostram isentas de sensação, de medo, felicidade, contentamento, tristeza, qualquer que seja, nenhuma delas existe agora pra mim.

Sinto falta das vezes que enchia a banheira com agua morna e ficava ali deixando as essenciais penetrarem na minha pele e tirar todo julgo que pesava sobre minhas costas, hoje não encontro tempo pra isso.

Sinto falta dos cálices inebriantes que adormeciam minha mente e me faziam parar de pensar, as vezes só quero não pensar em nada.

Sinto falta dos meus muitos amigos que rodeavam meus dias, meus dias de praia, de sol, meus dias de bobeira, de descaso com o acaso.

Não estou me queixando da vida que tanto pedi e fui atendida, só estou saudosa da vida que vive, e foi tão bem vivida, só queria saber como fazer pra viver tão bem essa que tenho agora, sem precisar correr.

Desabafei, falei, entreguei, confessei. Pronto eu fiz.

beijos e bom final de domingo