Doçura

Doçura

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Era uma vez...


...uma mulher confortável na rotina de sua vida.
Apaixonada pelo trabalho, pela família e amigos.
Levava uma vida badalada pelos compromissos e coqueteis.
Tinha tudo sob controle, sabia exatamente onde estava e onde queria chegar.
Tinha o mapa da estrada traçado em seus olhos e percorria qualquer caminho sem se cansar, de tudo perfeitamente claro e lúcido, ela sonhava todas as noites com a tranquilidade de uma vida mais amena, de uma casa com jardim, um cão, seus filhos brincando com a terra e seu marido tão sereno e tranquilo quanto tudo que sonhava, já que sendo ela um turbilhão de emoção e explosão nada mais perfeito que a calmaria de um abraço cheio de amor pra acalmar seu coração tão inquieto e sua mente tão habitada por sonhos.
Ela só queria o que era simples, já que pertencia ao mundo mais louco e veloz que podia conhecer.
Queria envelhecer vendo o mudar das estações, na serenidade com que as folhas ficam amarelas e caem e assim tornam a nascer verdes e vivas.
Queria a paz do olhar dele, do seu único amor.
Precisava se sentir viva através de seus filhos, nas características que herdariam, nos cabelos castanhos, nos olhos esverdeados, na pele branca e rosada.
O aconchego de lar, não importa onde, nem como, porque pouco importavam as paredes e o luxo, mas a acalento do amor que encheria o ar todas as manhas, como o sol que passa pela janela dando boas vindas a um novo dia.
Ela queria mesmo a simplicidade, nada mais.

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