Doçura

Doçura

domingo, 12 de setembro de 2010

Oi amor!


Oi amor, que bom que está aqui...
Durante alguns anos reservei pra mim, as emoções dosadamente licitas.
Me fortaleci de muitas verdades que ouvi, outras tantas que li.
Observadora da vida cotidiana, discorria sem medo longos assuntos, falava por horas sobre filosofia de vida, do que é bom e ruim, a melhor maneira de burlar as regras do jogo sentimental baseada exclusivamente do que me permitia viver.
Detive o controle dos meus passos e me guiava por terrenos secos e escassos de ternura e amor.
Agora me vejo diante de um quadro diferente. Não quero fugir com sempre fiz, no primeiro infortúnio, quero ficar.
Quero entender como se supera as dificuldades ao invés de dar meu adeus.
Quero acreditar nas historias sem fim.
Percebo que não há jogadores, não há um contra o outro, não é quem vence.
Existe sim, duas pessoas de mãos dadas que vencem juntas.
Quero provar.
Quando discutimos e ficamos aborrecidos, vamos cada um pra sua casa, refletimos, vemos onde podemos deixar de ser inflexivéis, nos encontramos na manhã seguinte nos beijamos e concordamos que vamos ficar juntos pra sempre.
E quando isso acontecer e não tivermos nossas casas separadas?
Como vai ser, dormir na mesma cama que você e não te abraçar, não sentir seu cheiro?
Eu não suportaria sua presença sem acaricia-lo a nuca enquanto tenta prestar atenção nos meus sonhos malucos.
Amor, como vai ser, quando só existir nos dois nas quatro paredes?
Não sei como será, mas imagino que pra todos deve ser assim.
E ainda assim, nesse desconhecido dia-dia, eu quero estar com você.
Boa noite!

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