Doçura

Doçura

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Uma noite, apenas


Só hoje eu peço, me permitam chorar.
Que minhas lágrimas possam lavar minha alma e como enxurrada levar para longe de meu peito toda a dor do meu passado, das minhas escolhas.
Só por hoje, eu peço, permitam me purificar da sombra de meus medos e romper de vez com os laços que me aprisionam, dos meus pensamentos torturantes.
Dos " e Se " e dos "nãos" calados, afogados em meu travesseiro.
Por tantas vezes meus olhos não foram capazes de conter a explosão da ira aprisionada em mim, do descontentamento inevitável.
Porque as escolhas não são sempre certas? Porque o medo de voar as vezes me assalta o pensamento e me recolhe a minha cama gradeada?
Porque é tão difícil romper com as convenções e gritar o amor aos quatro ventos?
Porque o mal pode ser feito tão displicentemente e o bem tem que ser tão ponderado?
Porque mesmo sabendo que somos falho, que nos inclinamos ao erro, nos cobramos tanto?
Porque e tão difícil perdoar a nós mesmos?
Obrigada por me permitir chorar, e desculpa, mas sentir-se triste é tão humano e natural como sentir-se alegre e acredite, dura uma noite apenas.

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