Doçura

Doçura

sábado, 20 de setembro de 2008

Sabor *




Não sei se me assusta mais, alguém errado ou a falta de alguém.
Me aborreci com as questões cotidianas, peguei minha bolsa e sai, depois de um longo passeio, decidi entrar no cinema e nesse momento percebi que estava alheia aos que estavam a minha volta e me senti perplexa com minha atitude.
Não me incomoda mais o fato de estar sozinha na fila do cinema, não me trás recordações calorosas ver casais andando de mãos dadas, resolvi que seria propicio um cappucino com creme, talvez assim aquecesse o frio que estava sentindo, sentei no café e mais uma vez fiquei observando a contra gosto a todos que passavam, então me percebi salva, vi crianças no colo de seus pais e minhas lembranças se acalentaram nessa visão.
Lembrei de tempos de amor, carinho, planos, de sorrisos sem permissão. Recordei-me de uma cama sem tantos travesseiros, de abraços descompromissados, de beijos roubados, de aconchego, simplesmente ser intimido tendo intimidade "escreverei sobre isso".
As discussões que resultavam em reconciliações. A rotina nunca me foi tão bem quisto, os sonhos partilhados assim como os afazeres. Hum...
O gosto da saudade agora não é amargo, não causa dor e nem gera lágrimas, a saudade agora tem sabor de plenitude, de acerto, de sorvete de cereja que é meu predilecto.
Sei que não arriscarei, sei bem quem sou e a menos que eu ouça sinos tocarem, o estômago gelar e os joelhos tremerem a ponto de não me sustentar em pé, sozinha ficarei.
A não companhia constante ( forma educada de dizer solteira.. risos ), não me incomoda, não mais, e isso não quer dizer que os sonhos me deixaram, trata-se apenas de um estado passageiro que a mim não compete quantificar o tempo que levará.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito Linda e posso te dizer uma coisa.....LIBERDADE...diz tudo.

beijos Te amo