Doçura

Doçura

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Meu, todinho meu

Minha mãe acordou e colocou um vestido azul claro com rendas e uma fita de cetim igualmente azul nos cabelos loiros, estava pronta para um grande dia, ela sabia que seria apesar de o tempo ter sido contado diferente.


Saiu caminhando pelas ruas, como num passeio de domingo, seus olhos brilhavam um azul límpido com a presença do sol e sem sinais nenhum de acontecimentos prematuros, ela sabia que seria um passeio importante.


Chegou ao hospital e pronto um tempo depois lá estava seu sonho mais recente diante de seus olhos.


Imagino a sensação de êxtase que não sentiu, quando pode comprovar seus palpites a respeito de como seria sua pequena filha. Penso nas horas, durante os longos meses, em que ficou tentando supor se meus olhos seriam azuis como o seus, se meus cabelos teriam o mesmo dourado dos do meu irmão, se o formato do meu queixo e narizinho seriam como os do meu pai, ela só sabia que para ela era linda.


Se minha mãe sonhou comigo assim que soube que existia, me fascina saber que Deus antes de todas as coisas me desejou assim como sou.


Sonhou com meus pais, os pais dos meus pais e os antes deles, planejou com cuidado e amor minha geração, para fosse assim como sou. Desejou o formato dos meus dedos, minhas sobrancelhas e até a cor mista dos meus olhos, assim como meu interior, minhas manias e meu jeitinho.


Impressionante me parecer um pouco com cada um e nada de ninguém, Deus me quis única e o mais expetacular é como Ele faz isso com cada um de seus filhos, somos únicos e somos centenas ao longo dos milhares de anos.


Eu o agradeço, Meu Deus pela minha vida tão única e tão sua.


Obrigada por mais esse aniversário, pelos amigos que prontamente colocou em meus caminhos, pela família que me permitiu. Por sempre desejar uma festa maior a cada ano, porque penso que um acontecimento como esse deve ser celebrado com muito festa e felicidade, afinal pra mim não é um completar de anos.


O Senhor bem sabe que é impossível definir minha idade, sabe como sou, uma vez menina e outra vez mulher. Em momentos muito mais idade que festas celebradas e outros muito menos, não finjo e não fujo de quem sou, amo tanto esse meu jeito ... rsrs


Vamos celebrar a vida e se perder nos pedidos antes de apagar as velinhas.

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