Doçura

Doçura

domingo, 14 de dezembro de 2008

Se não precisasse do amor...

Bobagem!
Diria que é bobagem o amor se não precisasse tanto senti-lo dia a dia, se não precisasse tanto do calor dele em meu peito.
Bobagem a paixão. Seria, se não precisasse de uma dose dela em tudo que faço, se não fosse vital senti-la em tudo que toco.
Entendo que bobagem é exigi-la de outrem, como se outro pudesse ser responsável por mim, pelo que sinto. Depositar em outra pessoa meus sonhos, minhas ambições e minha felicidade.
Impossível querer o que não e palpável de alguém que e humano e limitado.
Ando pelas e ruas a observar e tudo que vejo é um frenesi desconcertante de gente que anda de um lado pro outro tentando sugar de quem por ele passa um pouco de essência de vida.
Quisera eu poder dar a todos tudo que esperam receber, amor em demasia, paixão em demasia, alegria exagerada, mas não tenho esse dom, nem ao menos esse poder.
O que tenho me basta a mim e é assim, você e o único responsável por você, pela felicidade que deseja, a paixão que anseia, o amor que busca e a alegria que deveras sente.
Estou tentando, a cada dia tento, depender só de mim e me bastar a mim para não tentar tirar de você o que não consigo sozinha construir, porque não e possível, não vou conseguir.
Se tenho que esquecer, tarefa árdua, mas minha e não tem culpa disso. Não tem culpa se ainda quando te olho, um monte de borboletas dançam dentro de mim, eu escolhi e eu o farei.
Se tem que amar, acredite, o amor só existe se for bilateral, de outra forma não e amor é ter esperança num sonho, irreal.
Se tem que se apaixonar, ótimo, esse segue sozinho, unilateral, mas doí, doí muito, então cuidado. Tudo que vem sozinho, só existe pra você é doloroso, tem momentos de satisfação, mas não basta, não e suficiente, cuidado a paixão é traiçoeira, te faz ver e sentir num mundo povoado de sonhos.
Quisera eu viver nos meus delírios e sonhos, mas não são reais.
Prefiro tocar algo real, com substancia e afeto.
Não busque em outra pessoa o que te falta, busque em você.
Não faça promessas, não minta, não se permita ver, onde não há uma dose de realidade, um amor em potencial.
Abra os braços e se apaixone, se permita conhecer pessoas e mundos e lugares fantásticos e viver cada momento exclusivamente com todo coração, sem pretensões.
É quando se esta casado e distraído que a sorte de um amor e grande paixão vem.
Não me acho digna de conselhos ao menos queria seguir todos eles, mas estou tentando e sugiro faça o mesmo. Não digo que não haverá dor, mas digo que será mais recompensador.

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