Estou esperando o próximo voo.
Estou tentando me manter acordada, estou tentando colocar junção nas ideias que estão embaralhadas, estou tentando não ver a hora passar.
Enquanto isso, no aeroporto do Galeão...
Estou matando o tempo, ou seria bem ele que está me matando?
Péssima ideia essa de fazer conexão.
Pensei, o que são 3 horinhas em um aeroporto? Posso aproveitar e ler, a propósito comprei numa livraria que tem aqui, o romance Mil dias em Veneza, que me chamou atenção pela descrição perfeita com que a escritora relata cada prato, o cheiro que exalam, os detalhes das construções, cada paisagem unicamente descritas, me levam a Veneza. Bom enfim, voltando ao assunto...
Já lindo varias paginas desse romance e o relógio parece ainda estar parado no tempo, são 16:40 exatamente.
Sentada a uma mesa pouco confortável na área panorâmica, vejo os aviões decolarem e pousarem, o céu está cinza, mas faz um calor de 35 graus.
Vejo um grupo de mulheres de meia idade, que pelo teor da conversa são parentes ou amigas muito próximas, discutem, brigam e se adoram. Dividem tudo, comida, roupa, bagagem. Admiram, da mesa ao lado da minha, a vista que agora eu não vejo, estou entretida em me distrair, estou levemente entediada.
Me viro vez por outra e quase não percebo como os lugares vazios atras de mim estão todos preenchidos. Está anoitecendo aos poucos, acho que consegui me distrair o suficiente. Tenho que ir, meu voo foi anunciado,não vejo a hora de chegar ao meu destino final, aeroporto de Congonhas, onde vou encontrar Ed.
Ele como sempre tem muitos planos, todos que me deliciam. O roteiro do feriado está composto por restaurantes de todos os tipos, a toda hora me surge uma nova descoberta, um novo lugar onde quer me levar e todos que quero ir.
A orgia gastronómica está prestes a começar, então, buon appetito!
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