Doçura

Doçura

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Soltas


As palavras se esvaem como água do meu intimo, cada palavra, cada letra é solta é livre e pra mim não voltam.
Se calam em respeito e logo mais, uma clama para ser dita. Tento conter, não tenho êxito.
Qualquer coisa está livre de controle, o impulso está lançado e não deve ser freado.
Há desconexo entre as palavras que profiro e o que desejo.
Sempre há um desarranjo no encontro das almas, vidas se passam, amores se perdem e ao menos conseguimos entender esse tolo coração que sente o contrario da razão.
Quando ao menos um toque seria preciso para saber que há rendição.
Agora, me diz. Diz que nunca deitou e sonhou com mares tão azuis que pudesse se ver no cristalino? Que nunca sonhou em ter uma mulher, amante, amiga, companheira, tantas contidas numa única beleza? Que nunca chorou escondido de você mesmo pela falta do amor dessa mulher? Que as músicas que ouve não trás lembranças do céu de estrelas? Que se tortura ao sentir seu cheiro? Que consegue viver só e padecer a cada respirar por se negar a vê-la?
Me diz que erro, quando te condiciono a posição imperfeita de ser humano e faço seu coração bater, com vida. Que te torno frágil e domável.
Em meus textos você sucumbi como mortal que é e se rende como imperfeito como foi feito, porque aqui me restam meus delírios e minha louca mania de ter tornar palpável.

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